Sérgio Barros

Entendi. É que pra nós brasileiros, geralmente não ser muito cuidadoso é considerado normal e seguir as normas de conservação passa a ser meio "frescura". Se não foi isso que você disse, como me confirma, perfeito, concordo contigo.

Alguém, na página anterior, falou em "frescura" como se manutenção fosse desnecessária e você (Hildegardo) bem fez em deixar claro que a manutenção era feita à risca. O brasileiro só põe combustível, por isso, sempre víamos, com muita freqüência, gente empurrando o carro. Desde a bateria, sistema de arrefecimento, elétrico, óleo do câmbio e diferencial, suspensão e freio, pneus, carburação e escapamento, creio que apenas 10% se preocupem com isso. Mas ser precavido implica em nunca parar com o carro numa viagem por quebra. Então, é fundamental a manutenção e nunca frescura.

Menhor do que o GT, foi Gol GTS, um dos melhores da VW. O carro era nervoso, rápido, apesar de não ser muito veloz pela inexistência de um câmbio com seu tamanho, o que lhe daria, pelo menos, uns 10 km/h a mais de velocidade, era imbatível na descida da Anchieta, tanto faz com pista seca ou molhada. Do início da descida até o posto da rodoviária em Cubatão, era 7 minutos e uns quirikiki. O motor, em segunda chegava quase a 90 km/h, baita aceleração, só perdia pro GTI . Se declarava uns CV a menos, mas parecia que ele tinha mais de 100 CV.

Parece que uma coisa é tendência, outra é o fato isolado. Realmente, parece que os motores dessa última geração da VW não pagam pra ser perto do motor AP, um cavalo equivalente ao velho e robusto motor do opala. Além de me parecer beberrão, com essa tendência de não ter resistência, isso cria uma expectativa ruim pra VW, pois se quase já tiveram um "recall" de motores decretado, apesar de alguns usuários terem sido sorteados com essa zebra, a verdade é que a propaganda negativa não será muito boa. Confio na VW, mas depois desse prejuízo me sinto inseguro para tentar um Fox, ou Gol g5, Voyage... e se der zebra de novo? Decisão difícil. Do meu antigo GT e GTS que andavam a mais de 5000 rpm de média...rsrsr... nem suspeita de ruído. Vou ser obrigado a aguardar. Agradeço aos amigos daqui com suas excelentes colocações.

Dogg, Alex, Paulinho: Quem vê meu carro, pensa que ele do ano. Super bem cuidado. O motor é todo novo, tudo limpo. Liguei pra Volks, assim que comprei o carro que me recomendou o (não sei se posso falar o nome do óleo aqui, mas lá vai) Magnatec Castrol SAE 5W 40 sintético, aqueles que rodam 10 mil, porém com uma recomendação de troca com menos km. Não creio que o óleo possa estar contribuindo, hoje, para o desgaste. Já me recomendaram colocar óleo para motores cansados do tipo 25W-60 da Castrol, pois sendo mais viscoso criaria mais dificuldade de ter seu limite plástico de tensão superado. A temperatura do bloco, realmente deve se manter, mas com certeza há variações da viscosidade do óleo em função da temperatura externa, fato que justifica o "W" (Winter) = inverno na classificação do óleo, ou seja, quando o tempo está frio, a ventoinha não liga e se mais frio, o óleo fica com a viscosidade mais firme. Da mesma forma, no verão, há momentos em que a temperatura é capaz de solicitar toda a capacidade de arrefecimento do sistema e ainda assim ter a temperatura em algum ponto do motor um pouco acima da média geral do sistema. Isso afina o óleo, mas me lembrei que com a viscosidade menos intensa, o óleo tem menos perda de carga e isso aumenta a vazão e a pressão final, porém tudo isso deveria ser medido. Contudo, na realidade é que o motor raja prematuramente. Dos meus outros três "Gols", nada a reclamar. Um GT 86, outro a ácool GTS 88, outro GLi 1,8 95/96 e esse último atual, o mais bonitinho, com esse problema, que pena. Motores maltratados geralmente batem tudo, até saia, mas a compressão do meu está zero, até parece que tem mais de 90 CV. Por isso creio que possa ser um problema na têmpera do Virabrequim conforme já ouvi comentar em algumas discussões. Sem carga (marcha lenta) o motor quase não tem ruído, só com muita experiência um mecânico atentará para o problema. O que eu queria saber, já descobri. Era justamente se o ar condicionado realmente sobrecarrega o motor com seus 4 a 7 CV de potência requisitada, o que realmente ocorre. Mas tudo indica que foi uma aliança de problemas conjugados. Azar.

Grato Hildegardo! Você tem toda a razão, se o sistema de arrefecimento, principalmente no motor 1.0 sobra, com certeza, o aquecimento excedente, ocorre em função da queima de mais combustível o que afina o óleo na camisa, porém com a temperatura do bloco/radiador,/condensador sempre mantendo nos 91-93°C. Infelizmente, parece que motores de alto rendimento estão a abrir o bico bem antes dos saudosos 100 mil km. Sodade do tempo véi... Gratíssimo

Alex, grato pela opinião, mas acho que Motor com álcool não grila, não há knocking com essa taxa de compressão, geralmente mais baixa do que os normais 12 x 1 do álcool.

Já tinha ouvido isso, porém nenhum dos meus carros com ar teve qualquer problema dessa Natureza. Adquiri recentemente um Gol G4 2008/2009 com o motor EA-111 1.0 8V Flex. Com o tempo, percebi que um ruído similar a máquina de costura ocorria no motor. Ele acontece quando o motor está com o giro não muito alto sem o ar ligado ou então com o ar ligado, em giro mais alto ainda. Isso me levou a concluir que em baixas rotações, a bomba de óleo deve ter vazão insuficiente para manter a pressão mínima de óleo no virabrequim, permitindo a batida na bronzina da biela. Além do mais, o óleo mais quente no cárter quando o ar é acionado, já que o motor faz mais trabalho no mesmo giro e a própria água do radiador tende a esquentar mais pelo resfriamento do freon, isso afina o óleo, o que intensifica o efeito. É interessante observar que se o motor adquire um giro alto, estimo uns 3 mil rpm pra mais, todo esse ruído desaparece, lembrando que uso óleo SINTÉTICO recomendado pela fábrica. Garanto que não é grilagem devido a combustível, pois só uso álcool aditivado verde e amarelo. OBS. o carro está com 40 mil km e a compressão do motor, sensacional, anda muito.