Bruno Dias

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Posts postados por Bruno Dias


  1. 1. Amortecedor barato

    Comerciantes desonestos anunciam amortecedores e pneus abaixo do preço de custo. O incauto chega na loja, tem a suspensão desmontada, ouve mentiras e se vê obrigado a trocar buchas, molas e bandejas. Tudo de segunda linha, claro, mas com preços de primeira. A conta é sempre de assustar. O pior é que, muitas vezes, ainda dizem que os amortecedores ou pneus ruins (motivo inicial da ida à loja) estão bons. Afinal, se trocasse estas peças pelo preço anunciado, o lojista mau-caráter sairia no prejuízo.

    2. Óleo no dedo

    Nessa cascata clássica, o frentista puxa a vareta do óleo, esfrega o lubrificante entre os dedos e diz que está na hora de trocar o óleo. Não caia nessa. É normal que o óleo esteja escuro, já que, além de lubrificante, o produto tem poder detergente e mantém as partículas de sujeira em suspensão. Para saber a hora da troca, basta anotar a quilometragem do carro e fazer a substituição no prazo indicado pelo manual.

    3. Tem que descarbonizar

    O carro tem pouco tempo de uso e aparentemente está perfeito. Quando vai para a revisão, a concessionária mal intencionada empurra um serviço de “descontaminação” ou “descarbonização” do motor. Tal procedimento não consta em qualquer dos planos periódicos de revisão estipulados pelos fabricantes.

    4. Flex à prestação

    Comprou um carro zero quilômetro flex? Pois comece abastecendo com gasolina e vá botando álcool aos poucos, para o carro ir se acostumando… Pois é: a besteira acima é repetida por alguns mecânicos. No mundo real, não há prejuízos em pôr álcool ou gasolina, em qualquer proporção, desde a saída do carro da fábrica.

    5. Amortecedor morre aos 35.000 Km

    Nos anos 70 e 80, uma grande fábrica de amortecedores brasileira inventou que este componente da suspensão tem prazo de validade. Puro golpe para vender mais. Não existe uma quilometragem certa para a troca: o componente pode durar apenas 10.000 km ou passar dos 100.000 km em perfeitas condições – a vida útil depende do tipo de uso que o carro tem e dos caminhos que são percorridos.

    6. Óleo grosso

    Tem gente que aconselha usar óleo de grande viscosidade em motor com alta quilometragem. A justificativa é de que se gastará menos lubrificante, mesmo que o motor já esteja com grandes folgas internas. O problema é que, com o “óleo grosso”, o bombeamento é dificultado e a lubrificação é reduzida. Em resumo: o desgaste do motor será ainda mais acelerado.

    7. Aditivada é ruim

    Outra tremenda bobagem, repetida por muitos mecânicos (e até alguns consultores técnicos de concessionárias). Na verdade, este tipo de combustível mantém limpo o sistema de alimentação do motor. Mesmo carros que nunca usaram a aditivada não terão problema em adotar o combustível, já que a ação detergente é bem suave e não solta todos os detritos de uma vez. Parte dessa confusão foi alimentada por um texto mal redigido no manual do proprietário dos carros da Honda. Vale lembrar que, em muitos países do Primeiro Mundo, todas as gasolinas trazem aditivos.

    8. Produtos milagrosos

    Volta e meia aparecem remédios mágicos para todos os males do motor. São pílulas para se jogar no tanque, aditivos que dispensam óleo no cárter ou imãs que ordenam as moléculas de gasolina, garantindo mais economia e potência. Invariavelmente são “testados pela Nasa” e seus anúncios mostram “atestados de institutos americanos de tecnologia”. Se o caro leitor não quer gastar dinheiro à toa, fuja desses milagres automotivos. Outra vertente é a dos chips que transformam qualquer carro a gasolina em flex – mas sempre aumentando muito o consumo.

    Fonte: Extra Explica