Gabriel Tavares

Uma adaptação diferente, porém bem interessante. Parabéns pelo carro! Abraço

Os motores EA113 2.0 possuem furação de encaixe da transmissão diferente das existentes no EA111 1.0 e 1.6. Em outras palavras, o câmbio original do Gol G5/G6 - MQ200 - não é compatível com os motores EA113. Vale lembrar que a família Polo, Golf e etc que utilizam tanto o EA111 quanto o EA113 em suas versões acompanham a transmissão MQ200, porém com diferenças brutais na capa seca da mesma. Caso você tenha pego o EA113, é possível apenas substituir a capa seca da sua transmissão, porém se o seu motor for da linha AP, você terá que utilizar o câmbio do Audi A3/Golf GTI - este último mais difícil de achar e, consequentemente, mais caro. Nos dois casos, porém, você terá que refazer os suportes do motor e transmissão, pois os originais não são compatíveis com esta adaptação. Só para ilustrar, no meu caso estou utilizando a motorização 06A 1.8 20v com câmbio de A3 2006, sendo que tive que alterar os cabos de engate e seleção também.

Opa cara, valeu mesmo! Assim que tiver novidades, posto aqui... Abraço!

Continuação da saga...

Fala galera! Depois de um bom temo “sumido”, eis que estou de volta. Alguns devem se lembrar, outros não. De qualquer forma, aqui vai uma pequena apresentação: meu nome é Gabriel Tavares, moro em Brasília-DF e vou mostrar um pouco o projeto que venho desenvolvendo há algum tempo, mas que acabou tomando um rumo totalmente novo. A Mudança Boa parte da primeira fase de desenvolvimento do carro estava sendo baseada na mecânica EA111 1.6 8v original, que tinha como objetivo extrair o máximo de potência numa preparação aspirada – algo entre 200 a 250cv esperados no motor. Para quem tem interesse em ver como foi essa empreitada, basta conferir o tópico aqui no fórum: http://forum.g5g6.club/topic/10991-project-car-vw-gol-16-8v-aspirado/?page=1 Projeto vai... Projeto vem... Acontece que em abril desse ano, enquanto estava em mais uma das viagens diárias pela internet em busca de peças e informações para o carro, me deparei com um anúncio de uma loja de SP vendendo um motor VW/Audi 1.8 20v 0km, ainda na caixa e com nota, garantindo a procedência do mesmo. O motor EA111 ainda não havia sido concluído, faltando algumas peças importantes para que desse prosseguimento na montagem. Nesse mesmo tempo havia mandado fabricar o cárter de alumínio (necessário para o uso de bomba de óleo externa), mas houve um atraso grande na fabricação da peça e acabei desistindo de fazer na empresa que tinha escolhido. Desanimado um pouco com o andamento das coisas e vendo a oportunidade de adquirir um powertrain bem interessante, não demorei muito para vender boa parte das peças que tinha desenvolvido até então e arrematar a criança multiválvulas. Foi aí que as coisas tomaram outro rumo... DO #61 Eu sempre gostei do esporte Arrancada. Sempre. Desde pequeno. Não que os circuitos não me atraíssem, mas sempre achei interessante a diversidade e o extremo que as disputas de 201 ou 402m alcançavam. Juntando esse gosto e a nova oportunidade de ter uma motorização competitiva nas pistas, acabei idealizando montar o carro para competir na categoria Dianteira Original (DO) da Arrancada. A categoria DO, segundo o regulamento técnico 2016 da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), admite veículos de turismo de grande produção em série, coupê, sedan ou pick-up, de 2, 3, 4 ou 5 portas, de tração dianteira equipados com motores naturalmente aspirados. Apesar do uso de combustível ser relativamente liberado, podendo ser usado metanol e nitrometano, o uso de óxido nitroso - o popular nitro - é proibido. O que difere ela das outras categorias de carros aspirados de tração dianteira é a certa liberdade de preparação aliada à parte de carroceria e habitáculo, que tendem a ser originais. O uso de peças como capô e portas em fibra de vidro ou de carbono, por exemplo, são proibidos. Por outro lado, podem ser usadas bombas de óleo externa e de combustível mecânica, dois injetores por cilindro e corpos de injeção livres. Apesar do grid relativamente pequeno, com um número modesto de carros inscritos quando comparado a outras categorias da Arrancada, é possível ver motores atingindo a casa dos 500cv com certa facilidade. Para carros aspirados e ainda “montados”, com vidros e acabamentos originais, é o ápice na Arrancada brasileira. Quem quiser saber mais detalhes, o regulamento completo pode ser conferido aqui: http://www.cba.org.br/_img/dinamics/regulamentos/2016-arrancada-tecnico-do.site.pdf Configuração Voltando à configuração mecânica adotada, o motor adquirido possui bloco 06ª 1.8L equipado com cabeçote 20v AGU. Vale ressaltar que estes blocos de quatro cilindros são divididos em dois modelos, produzidos – teoricamente – em datas distintas: 058 e 06A. O que diferenciam eles, basicamente, são as seguintes características: · Blocos 058 são encontrados nos veículos até a metade do ano 2000; · Modelos a partir do segundo semestre de 2000 já vem equipados com blocos 06A; · O ano 2000 teve produção mista dos blocos, sendo alguns modelos produzidos com blocos 058 e outros com o 06A; · Blocos 058 possuem um eixo intermediário que aciona a bomba de óleo, além de usarem a bomba d’água externamente e acionada através da correia de acessórios (semelhante ao nosso VW AP); · Blocos 058 montados longitudinalmente são encontrados apenas nos primeiros Audi B5 A4 e VW B5 Passat; · Os blocos 06A não possuem o eixo intermediário, sendo a bomba de óleo acionada por corrente ligada a uma engrenagem na parte frontal do virabrequim. A bomba d’água é montada internamente ao bloco e acionada pela correia de sincronismo. Explicadas estas características, vem a pergunta: Por que usar o bloco Audi 06A? A primeira razão é a facilidade de encontrar esse bloco em território nacional. Na Europa, devido à popularidade dos veículos VW/Audi, é relativamente comum achar blocos 058, coisa que no Brasil não acontece. O segundo fator é a superioridade técnica do 06A. Por não ter árvore secundária para acionar a bomba de óleo, é um bloco que admite com mais facilidade o aumento de volume nos cilindros, ainda que existam exceções. E o cabeçote 20v AGU? Existe alguma motivação técnica no seu uso? Os modelos 1.8 20v turbos ou aspirados contam com uma variedade incrível de cabeçotes, que variam desde o diâmetro dos dutos até as configurações de comandos de válvulas. Com relação aos dutos, considerando tanto os de admissão quanto os de escape, o cabeçote que possui a maior configuração original é o com a sigla AGU. Golf, Bora e A3 turbos vinham de série equipados com ele, por exemplo. Dessa forma, como a meta é extrair o máximo de desempenho possível, acabei optei por esse modelo, ainda que existam divergências entre colegas preparadores. ­­ Las Multivalvuletas Bom, depois destes esclarecimentos, deixo algumas fotos para ilustrar melhor o post. Até mais!

Muito obrigado, Andrei! Assim que tiver novidades vou postando... Grande abraço!

Opa Andrei, blz? Então, o projeto seria de um aspirado com mecânica de pista para "brincar" na rua. Aconteceu que, ao longo da fabricação do cárter seco (para uso da bomba de óleo externa), consegui encontrar uma mecânica 1.8 20v Audi 0km por um preço bem interessante. Como esse conjunto era um sonho já antigo para o carro, acabei arrematando o powertrain. Com isso, tomei a decisão de mudar um pouco o foco do projeto. O carro agora irá competir pela categoria Dianteira Original na arrancada, que inclusive permite o uso de nitrometano. Ainda é muito cedo para dizer quando o carro ficará pronto, mas posso adiantar que vai utilizar bloco Audi 06A 1.8, cabeçote AGU 20v, 4 borboletas, bomba de óleo externa, bomba mecânica de combustível e muitos outros detalhes necessários para ser competitivo. Por fim, assim como a grande maioria dos brasileiros, estou passando por um momento conturbado na vida profissional, o que me forçou a diminuir um pouco o ritmo do projeto, mas quem sabe não abro outro tópico e continuo a mostrar a saga do carro?! All motor, yeah! Abraço!

Após um tempo sem postar... Parte do projeto está à venda. Oportunidade única para quem busca um conjunto aspirado bem agressivo e exclusivo. http://forum.g5g6.club/topic/12443-pe%C3%A7as-de-performance-ea111-16/ Assim que puder posto novidades. Vem coisa boa por aí...

Faço das suas minhas palavras.

Não digo todas pois não tenho conhecimento para tal, mas posso afirmar que a grande maioria das montadoras não cobre a substituição parcial e/ou completa - em caráter de garantia - de itens considerados como passíveis de desgaste natural, tais como vedadores, retentores e etc. Para estes a única cobertura de garantia é a obrigatória por lei, de até 90 dias após a emissão da nota fiscal de venda ao consumidor. Infelizmente é uma realidade no Brasil...

Hoje chegou a polia de acionamento da bomba de óleo. Como já era de se esperar, vou precisar usinar o eixo dela para que possa casar com o da bomba. Isso se deve pelo fato desta polia ser fabricada especificamente para as bombas Cicare*, que possuem eixo de Ø15,9m m. *A Cicare, assim como a Colloc (marca da minha bomba), é outra fabricante argentina de peças para alta performance. Detalhe que além dos 6 parafusos de fixação dela, existe ainda uma chaveta de aço para assegurar o sincronismo.

O valor acredito ter sido "justo". É um trabalho considerável a substituição deste retentor. Quanto à garantia, o prazo máximo obrigatório por lei são de 90 dias mesmo...

Opinião: Abra o motor por completo e encaminhe para uma retífica. Nela você saberá o grau de desgaste dos componentes e verá a necessidade do que fazer. Juntas e vedadores completos, além de parafusos de cabeçote novos e periféricos (bomba d'água, tensor, correias...) são itens que considero essenciais num tipo de intervenção dessa magnitude. Detalhar mais sobre o que fazer e/ou trocar acho leviano sem ver pessoalmente.